Maria Ribeiro faz estreia Nacional espetáculo ”Pós-F”, no Guairinha.
Fernanda Young foi embora cedo demais. Deixou o Brasil em luto em agosto de 2019, aos 49 anos, devido a uma parada respiratória provocada por uma crise de asma.
Com uma genialidade ímpar, fez sucesso como atriz, escritora e apresentadora. Como roteirista deixou um legado de programas que ficaram para história da Televisão Brasileira, como Os Normais, A Comédia da Vida Privada e Shipados.
Para alegria dos fãs, Maria Ribeiro, em parceria com a diretora Mika Lins, traz aos palcos um espetáculo que foi adaptado do seu livro “Pós-F, para além do masculino e do feminino”, o qual lhe rendeu o Prêmio Jabuti (Póstumo).
Em Pós-F, sua primeira obra de não ficção, Young trás para o debate o que significa ser homem e ser mulher hoje. Em textos autobiográficos, ela se revela como uma das tantas personagens às quais deu voz, sempre independentes, transgressoras, dispostas a incomodar os acomodados.
Nos palco, Maria Ribeiro dá voz a Fernanda Young sob a direção criteriosa de Mika Lins. Com iluminação de Caetano Vilela o espetáculo possui uma linguagem poética e contemporânea, ao mesmo que seduz pela estética e envolve o público pela divertida e instigadora temática.
A estreia on-line aconteceu em 12 de setembro de 2020, marcando a retomada das atividades culturais do Teatro Porto Seguro e foi um sucesso de público e crítica. Em apenas 8 apresentações o espetáculo contou com mais de 8000 espectadores.
E agora, em sua versão presencial, ganha novos formatos e linguagens que faz desse um espetáculo tão provocativo ao mesmo tempo onde se ri do outro e de si mesmo.
Para a diretora Mika Lins, este espetáculo não ficcional procura ao máximo levar ao palco as experiências pessoais da autora. “Buscamos transformar o que é expresso na teoria em ação, na experiência pessoal dela. É quase como se a Fernanda estivesse em cena exposta como pessoa e contasse suas memórias e vivências. Para além das ideias avançadas propostas no livro pela Fernanda, a peça é muito baseada na visão pessoal que eu e a Maria Ribeiro tivemos depois que ela passou pelas nossas vidas. E eliminamos qualquer didatismo, pois é um espetáculo sobre uma artista, sobre uma criadora, sobre uma ficcionista”, explica.
Maria Ribeiro, corroborando com o pensamento da diretora, diz que “assim como Leila Diniz, Fernanda era daquelas mulheres que, apenas cumprindo sua psique, nos libertava de tudo o que não era natural, e sim, convenção”.
Sobre Maria Ribeiro
Maria Ribeiro é atriz, escritora e diretora de cinema. Cursou jornalismo na PUC, mas já conciliava a faculdade com a carreira de atriz. No Teatro participou das peças “Confissões de adolescente”, “O inimigo do povo”, “Feliz ano velho” e “Separações”. No cinema contabiliza inúmeros filmes com destaque para “Como nossos pais (2017) de Lais Bodansky, pelo qual conquistou o prêmio de melhor atriz no Festival de Gramado, além de filmes como “Entre nós”, Histórias de amor duram apenas 90 minutos”, “Tropa de Elite”, entre outros.
Integrou a banca do programa de debates da GNT “Saia Justa” e várias participações em novelas como “Império” e a série “Desalma” na Rede Globo.
Atualmente tem um programa de variedades na plataforma Hysteria, escreve uma coluna no jornal O Globo e viaja em turnê com o projeto Você é o que lê, com Xico Sá e Gregório Duvivier.
Sobre Fernanda Young
Embora não tenha concluído os cursos de letras, jornalismo e rádio e tv, Fernanda Young teve uma marcante carreira como atriz, escritora, apresentadora e roteirista. Entre alguns de seus livros estão, Posso Pedir Perdão, Só Não Posso Deixar De Pecar, Estragos, A Mão Esquerda de Vênus, A Louca Debaixo do Branco, O Pau, Tudo Que Você Não Soube, Vergonha dos Pés, Dores do Amor Romântico.
Na televisão, foi roteirista de vários seriados e programas de sucesso, como Os Normais (2001-2003), A Comédia da Vida Privada (1995), Os Aspones (2004), Surtadas na Yoga (2013-2014), Vade Retro (2017), Como Aproveitar o Fim do Mundo (2012), Minha Vida Nada Mole (2006-2007) e Shippados (2019).
Além disso, apresentou os programas Saia Justa (2002-2004), Irritando Fernanda Young (2006-2010), Confissões do Apocalipse (2012) e Odeio Segundas (2015). E, no cinema, participou dos roteiros dos filmes Os Normais (2003) e Os Normais 2 (2009) e Muito Gelo e Dois Dedos D’Água (2006).
Fernanda faleceu no dia 25 de agosto de 2019, aos 49 anos, devido a uma parada respiratória provocada por uma crise de asma. Ela deixou o marido Alexandre Machado e quatro filhos, Cecília Maddona, Estela May, Catarina Lakshimi e John Gopala.
Sobre Mika Lins
Mika Lins tem uma longa e profícua carreira como atriz e desde 2009 tem se dedicado exclusivamente a direção teatral. Entre suas direções estão: “Dueto para Um”, de Tom Kempinski, vencedor do prêmio APCA de melhor atriz para Bel Kowarick, “Festa no Covil” de Juan Pablo Villalobos, “A Tartaruga de Darwin” de Juan Mayorga, “Tutankáton” de Otavio Frias Filho.
Na televisão dirigiu “Terradois” para a Tv Cultura, com apresentação de Jorge Forbes e Maria Fernanda Candido.É diretora da Cia Instável
Redes Sociais:
Instagram: @posf_fy
Facebook: @posfteatro
Serviço:
Onde:
Teatro Guaira – Guairinha
Rua XV de Novembro, 971 – Centro – Curitiba/PR
Telefone: (41) 3304-7900
Quando:
Dias 5 e 6 de Fevereiro
SÁBADO às 21h E DOMINGO às 19h
Duração: 50 minutos
Recomendação: 14 anos
Ingressos: R$ 80,00
Vendas: https://www.ticketfacil.com.br/eventos/cctg-pos-f.aspx
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