Formada em 2019, a banda Jovem Dionísio, dos curitibanos Bernardo Pasquali, Rafael Duna, Gabriel Mendes, Bernardo Hey e Gustavo Karam, lançou seu primeiro EP intitulado ”Dança entre casais” no comecinho do ano passado. De lá pra cá, foram acumulando cada vez mais ouvintes que, muito além de se identificarem com a letras de composições próprias dos rapazes, certamente foram contagiados pelo som alto astral que identificamos logo nas primeiras notas de suas melodias.
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Nossa equipe que, assumidamente, é fã de carteirinha (oi, Laura e Paula), não finge nenhuma surpresa ao ver o sucesso e o destaque nacional que o grupo vem conquistando na última semana. Prestes a chegar no topo das 50 virais do Spotify Brasil e com um remix produzido pelo Vintage Culture e Future Class em vistas de ser lançado nessa sexta-feira (12), a banda local é a nova promessa da música brasileira.
Apesar do ”pouco” tempo de estrada, seus videoclipes já somam mais de 1 milhão de visualizações no YouTube, dos quais destacamos Pontos de Exclamação – lançado em março desse ano e dirigido pelo também curitibano (e f*da) diretor de filmes Felipe Fonseca. O vídeo é estrelado por um (ex-)casal que conta sua história real, com uma fotografia pra lá de bonita e que fala de amores urgentes e efêmeros, cerne das relações líquidas vividas sobretudo pelos millennials da geração Z.
(Esse, e outros dramas parecidos, são os temas principais que embalam os fãs numa ”(…) constante dança entre casais.”, cuja maioria, quem compõem é o, também baterista, Gabriel Mendes.)
E bom, pra explicar de onde veio todo o hype que explodiu recentemente, nada mais justo do que fazer algumas perguntas diretamente aos integrantes – assim, quando eles estourarem e começarem a fazer tours por todo Brasil (e quem sabe fora), você vai poder dizer todo orgulhoso que já conhecia e que eles são seus conterrâneos de Curitiba. Dá uma olhada em alguns trechos da nossa conversa:
Equipe OQFC – Quais as principais referências de vocês?
JD: A gente compartilha de vários gostos em comum, mas cada um tem suas referências pessoais que gostamos de escutar durante o processo criativo quando estamos produzindo um som novo. Essas referências vão desde MPB, bossa nova e agora, cada vez mais, artistas do ” bedroom pop”, como Still Woozy e Boy Pablo. Lógico que não dá pra deixar de citar Lagum, que é uma referência grande pra gente e, também, movimentos da cena local de Curitiba, como o Studio 172 e Arnica Cultural.
Equipe OQFC – Onde vocês se imaginam daqui um ano?
JD: É difícil prever e projetar alguma coisa pra daqui um ano – um exemplo é, que, ano passado a gente jamais imaginaria tudo que tá acontecendo agora. O Ber Hey imagina que a gente possa estar fazendo show em outras cidades, o Mendão espera que em um ano a gente esteja produzindo nosso primeiro álbum, enquanto o Karam acha que a gente pode tocar em alguns festivais… A única certeza comum do grupo é que a gente vai continuar juntos fazendo o que gosta.
Equipe OQFC – Qual a primeira coisa que a banda vai fazer depois da quarentena?
JD: Essa é fácil e unânime: a primeira coisa que a gente quer fazer é se encontrar no Dionísio, tomar uma cerveja gelada e comer um pastel.
Equipe OQFC – Qual é o maior sonho do grupo?
JD: Nosso maior sonho atual é poder viver da nossa música e se dedicar exclusivamente ao nosso som. Com certeza seria bem massa tocar fora do Brasil (Portugal, porque não?), mas pra isso acontecer, no fim das contas, o principal é viver da nossa banda hoje.
Equipe OQFC – Se pudessem fazer um ft com alguém, quem seria?
JD: Tem muitos que a gente gostaria de fazer, mas um artista pouco provável (rs) que a gente curtiria demais fazer um som junto, é o Marcos Valle.
Equipe OQFC – E finalmente: porque o nome “Jovem Dionísio”?
JD: Basicamente, há alguns anos, o Ber Hey descobriu um bar perto do escritório onde ele fazia estágio, convidou o restante do grupo pra conhecer e desde então a gente vem frequentando sempre. Nesse período, nós já tínhamos uma outra banda, com outro nome e que já tocava cover em alguns bares de Curitiba. Quando então fomos lançar o EP de músicas autorais Dança Entre Casais, a gente entendeu que precisava de um novo nome pra marcar a nova fase. A primeira sugestão quem deu, fui eu (Bernardo): ”Dionísio”, em homenagem ao dono do bar em que éramos clientes assíduos. Os meninos ficaram receosos porque achavam que era um nome muito ”velho”, até que, em um dos diversos brainstormings que tivemos, surgiu a ideia de colocar o ”Jovem” na frente – pra dar esse contraste do novo com o resgate ao antigo, que tem tudo a ver com a nossa identidade e a nossa música.
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